Ciclista morre depois de ser atropelado em Mogi das Cruzes
terça-feira, 2 de julho de 2013Um ciclista de 45 anos morreu na madrugada da última segunda-feira (1º), em Mogi das Cruzes, de traumatismo craniano, depois de ficar três dias internado na Santa Casa do município.
A vítima foi atropelada na última quarta-feira (28) no bairro do Mogi Moderno por um motorista, que segundo a polícia, tinha sinais de embriaguez e não tem habilitação. De acordo com as informações do boletim de ocorrência, ele confessou ter bebido, mas no exame visual feito pelo perito do Instituto Médico Legal (IML) a embriaguez não foi confirmada. Um exame de sangue que vai apontar se havia álcool no organismo do suspeito deve ficar pronto em 30 dias.
De acordo com a Santa Casa de Mogi, o cozinheiro Nilton Rodrigues Leite deu entrada no setor de Emergência do Pronto Socorro com traumatismo cranioencefálico grave, que evoluiu para óbito. Leite foi atropelado por volta das 20h30, a cerca de quatro quilômetros de casa, quando seguia pela Avenida Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira. O cozinheiro era solteiro e costumava andar pela cidade de bicicleta, segundo a família.
O pai do ciclista, Renato Rodrigues Leite, disse por telefone ao G1 que o filho voltava para casa depois de visitar parentes quando foi atingido pelo carro. “Não esperávamos que isso fosse acontecer. Quando fomos avisados do acidente, ele (Nilton) já estava internado no hospital.”
O corpo de Nilton deve ser enterrado no Cemitério São Salvador, no Parque Monte Líbano, em Mogi das Cruzes. “A família está muito abalada. Os irmãos estão desesperados e tristes. Éramos unidos”. Sobre o motorista, o pai da vítima diz que a família não sabe o que vai fazer. “Ele ficar preso não adianta porque meu filho não vai voltar. Talvez possamos entrar na Justiça para ver nossos direitos, mas ainda não sei o que vamos fazer”, diz.
Acidente
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no 1º Distrito Policial, no Parque Monte Líbano, quando os policiais chegaram para atender a ocorrência de acidente de trânsito, na última quarta- feira (28), a vítima estava sendo socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com a polícia, o motorista não tinha habilitação e apresentava sinas de embriaguez. Ele estava acompanhado de um colega de trabalho e dirigia o carro da empresa. O passageiro, de 36 anos, alegou não saber que o amigo não tinha permissão para dirigir.
Segundo o que relatou na delegacia um dos policiais, o condutor exalava um forte cheiro de bebida alcoólica. Conforme consta no boletim de ocorrência, ao ser questionado pela polícia, Sebastião Martins da Silva Neto, de 33 anos, teria confessado ter ingerido, quatro horas antes do acidente, doses de cachaça. Entramos em contato com o motorista por telefone, Ele atendeu, mas não quis falar sobre o acidente. No boletim de ocorrência, tanto ele quanto o colega constam como “averiguados”.
No mesmo dia, foi requisitado exame clínico (teste visual) de embriaguez junto ao IML. Porém, após análise do médico legista, concluiu-se que o suspeito não estava embriagado. Mesmo assim, foi retirada uma amostra de sangue do motorista para análise de dosagem alcoólica. O resultado deve levar 30 dias.
Fonte: G1