Aprovação de imóveis será revista em Mogi das Cruzes
quinta-feira, 28 de julho de 2011César de Souza registrou, recentemente, duas importantes marcas que comprovam as tendências de crescimento previstas pelo Plano Diretor do Município para a porção leste da Cidade. A primeira delas veio com o resultado do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou aumento de 48% na população do Distrito entre os anos de 2000 e 2010. A segunda foi revelada por O Diário na edição de ontem.
Uma pesquisa do mercado imobiliário indicou que, em cinco anos, houve uma valorização média de 350% no preço dos terrenos comercializados no Distrito.
Todo este crescimento, no entanto, vem acompanhado da necessidade de implantação de diversas obras de infraestrutura, que passam pela ampliação da malha viária, expansão dos sistemas de água e esgoto e instalação de escolas e postos de saúde. Por este motivo, a Prefeitura prepara, atualmente, um código de impacto de vizinhança, com novas regras para aprovação de empreendimentos imobiliários no Município.
A ideia é regulamentar a questão de forma que a demanda dos novos condomínios não atravanque o desenvolvimento ordenado da Cidade.
No início da tarde de ontem, o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) admitiu que o orçamento municipal não é compatível com os índices de crescimento registrados em Mogi. Ele destacou que, por este motivo, a Prefeitura prepara uma revisão da legislação pertinente. “Estamos trabalhando no código de impacto de vizinhança e no aperfeiçoamento das leis municipais para aprovação de empreendimentos. Mogi das Cruzes está sofrendo um boom imobiliário e o ônus sempre recai sobre Poder Público, porque não existe dinheiro disponível nesta velocidade. Por isso, precisamos atualizar a legislação”.
Um exemplo da realidade mencionada pelo prefeito é o projeto de extensão da Avenida Perimetral até César de Souza. A proposta tramita na Prefeitura há vários anos, mas nunca saiu do papel. “Não existe orçamento para este projeto. A cidade Mogi das Cruzes requer muito mais investimentos para acompanhar este crescimento, do que a Prefeitura tem capacidade de investir”, completou Bertaiolli.
Fonte: O Diário de Mogi