Cidade de Mogi das Cruzes quer proteger pedestres
segunda-feira, 12 de setembro de 2011De janeiro a julho de 2011, Encontra Mogi das Cruzes contabilizou 144 vítimas de atropelamentos, sendo duas delas fatais e cinco graves. A estatística divulgada pela Secretaria Municipal de Transportes aponta que, por mês, a Cidade registra 20 acidentes, o que implica em dizer que a cada intervalo de um dia e meio, uma pessoa é atingida por um veículo nas ruas e avenidas do Município. Embora até o momento, o número desse tipo de ocorrência seja inferior ao registrado no ano passado – foram 175 casos no mesmo período -, o alto índice de vítimas faz, dos atropelamentos, o principal foco da campanha que Mogi desenvolverá de 18 a 25 de setembro, durante a Semana Nacional de Educação de Trânsito.
Ainda que uma iniciativa, com o alcance do Programa de Proteção ao Pedestre, implantado na cidade São Paulo, não esteja dentro do planejamento dessa gestão, o secretário de Transportes Carlos Nakaharada não tem dúvidas de que Mogi das Cruzes só conseguirá continuar a reduzir os índices de atropelamentos a partir da conscientização de motoristas e pedestres sobre o respeito às regras de trânsito.
E, para isso, vale até mesmo mexer no bolso dos mogianos. Para quem não sabe, além dos agentes de trânsito, a Cidade conta inclusive com radares eletrônicos para flagrar o avanço sobre a faixa de pedestres. Só nos sete primeiros meses do ano, 2.047 autuações deste tipo foram registradas no Município (leia mais nesta página).
Mas a principal estratégia da Secretaria Municipal de Transportes para diminuir os atropelamentos é através da educação do trânsito. No mês passado, com a ajuda de atiradores do Tiro de Guerra, a Prefeitura já desenvolveu uma campanha de travessia segura na Rua Dr. Ricardo Vilela, um dos principais corredores de tráfego da área central e que, no ano passado, figurou no ranking das cinco vias com maior índice de acidentes entre veículos e pedestres – foram 10 ocorrências entre janeiro e julho de 2010.
Agora, durante a Semana Nacional de Educação de Trânsito, a Secretaria de Transportes irá recorrer novamente à campanha de travessia segura. O local onde a ação ficará concentrada ainda não está definido, mas deverá ser uma das cinco avenidas que, até o momento, são as recordistas em atropelamentos neste ano: Vereador Narciso Yague Guimarães (Centro Cívico/Socorro), com 14 ocorrências; Japão (Alto do Ipiranga/Conjunto Santo Ângelo), com 12 casos; Lourenço de Souza Franco (Jundiapeba), com 11; Francisco Ferreira Lopes (Braz Cubas), com oito; e Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira (Mogi Moderno/Vila da Prata), também com oito.
Das 144 vítimas contabilizadas de janeiro a julho, 53 foram atingidas nessas cinco avenidas, o que corresponde a 36,8% dos casos (veja quadros com as estatísticas). Dessas vias, pelo menos três figuram no ranking de atropelamentos desde o ano passado – Lourenço de Souza Franco e Francisco Ferreira Lopes, que correspondem ao trecho urbano da Rodovia SP-66 nos distritos de Jundiapeba e Braz Cubas, e a Avenida Japão, que soma 22 ocorrências em 14 meses. A Prefeitura, neste momento, está na fase final de obras que visam à recuperação e melhoria na via, com vistas principalmente a ampliar a segurança de pedestres e motoristas.
Nas outras vias da Cidade, também tem sido uma prioridade da Secretaria de Transportes promover a revitalização das faixas de pedestres para melhorar a sua visualização tanto por quem está a pé como para quem está dentro de algum veículo. Dependendo do fluxo de veículos em determinado local, a Prefeitura também vem fazendo uso de semáforos com botoeiras para acionamento dos pedestres – um equipamento deste tipo foi implantado na Avenida Carlos Baratino, em frente à Faculdade de Tecnologia (Fatec).
“Quando que se ia imaginar que ali precisaria de um semáforo com botoeira? Portanto, a implantação de novas faixas de pedestres, e até mesmo de semáforos, é muito dinâmica”, argumenta Nakaharada.
Fonte: Diário de Mogi das Cruzes