Mogi das Cruzes: Projetos da Agenda terão ajustes
segunda-feira, 19 de março de 2012A lista de projetos apresentada pelos municípios locais ao Governo do Estado para possível inclusão na Agenda Metropolitana do Alto Tietê ainda deve passar por ajustes. Mesmo com o prazo curto – já que os investimentos serão anunciados pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em duas semanas -, algumas das propostas serão rediscutidas e podem até mesmo serem inutilizadas.
Ontem, o secretário de Estado do Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, esteve na cidade Mogi das Cruzes na entrega do serviço de tomografia computadorizada no Pronto Atendimento da Vila Suíssa, e voltou a criticar algumas das propostas feitas por municípios da Região.
“O grupo da área de Justiça nos apresentou sete propostas e nenhuma delas é de competência do Governo do Estado. Ali, por exemplo, não temos condições de atender”, adianta.
Como tem feito em outras entrevistas sobre a Agenda, o secretário falou superficialmente dos projetos, sempre tomando o cuidado para não entrar em detalhes. No entanto, de acordo com o apurado, a maioria das reivindicações na área jurídica trata de mudanças na legislação ambiental, como uma que pede permissão para que o produtor rural possa fazer o beneficiamento de alguns produtos cultivados na Região.
“Estamos agora fazendo um pente fino nos relatórios, tentando estabelecer uma ordem de prioridades”, fala o secretário, que anunciou uma reunião para a próxima terça-feira com o presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), Jorge Abissamra (PSB), prefeito de Ferraz de Vasconcelos, para discutir o assunto.
O secretário criticou ainda alguns projetos da área de Agricultura. “Pediram sete ou oito centros de abastecimentos para a Região, mas isso não é algo que pode ser feito em todas as cidades. O ideal é ter um centro de abastecimento regional, como é feito em todos os lugares”, diz.
Uma outra deficiência apontada por Aparecido agora diz respeito à ausência de projetos para programas já desenvolvidos pelo Governo do Estado, o que, segundo ele, facilitaria a implantação no Alto Tietê. “Não foi solicitado nada que estivesse incluído nos programas do Governo, como treinamento de mão de obra, por exemplo. Acho que isso foi uma deficiência dos grupos”, pontua.
Sem falar de números, o secretário adianta que o objetivo da Agenda não é tratar de valores, “mas de soluções”. Intervenções menores, explica ele, “podem ter um impacto fantástico na Região”. Até o dia 30, o Estado também deve propor algumas ações para compor a Agenda, como a vinda desses programas de governo. “Seria muito importante focar nos programas, algo que eu acho que faltou nos relatórios”, informa.
Por fim, o secretário informa que algumas propostas ainda foram apresentadas em duplicidade. “Tem que ajustar. O trabalho da Região foi feito, e nós vamos agora fazer algumas observações sobre o que a gente acha que faltou ou sobre o que está em excesso. O Condemat vai nos auxiliar. Estarei com o Jorge (Abissamra) para mostrar isso pra ele e pedir que ele volte e diga que, na nossa opinião, faltou alguma coisa”, diz.
O relatório final, de acordo com ele, deve ficar pronto apenas na noite do dia 29. E, apesar das críticas, o secretário diz que a Agenda chegou a resultados “extremamente interessantes em outras áreas”.
Clínica de reabilitação
Novidades sobre a implantação de uma clínica para dependentes também devem ser anunciadas no dia 30. Durante esta semana, foi levantada a hipótese do equipamento não ser construído em Mogi das Cruzes, mas em Santa Isabel. O secretário foi questionado sobre as chances dessa transferência, mas respondeu taxativamente: “Zero! Isso também só para o dia 30”, termina.
Fonte: O Diário de Mogi