Segundo estudos, usina de lixo em Mogi das Cruzes é viável
quarta-feira, 4 de abril de 2012A implantação de uma “usina verde” para tratamento dos resíduos sólidos produzidos pelos municípios de Mogi das Cruzes, Salesópolis, Biritiba Mirim e Guararema é viável.
Isso é o que indicaram os estudos iniciais sobre a viabilidade do empreendimento, que estão sendo realizados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) há cerca de quatro meses. A informação é da própria presidente da empresa, Dilma Pena, que concedeu entrevista a O Diário na última sexta-feira, durante o evento oficial da Agenda Metropolitana do Alto Tietê, realizado em Jundiapeba, no Paradise Golf & Lake Resort. Ela evitou dar grandes detalhes sobre o assunto, mas acabou fornecendo informações importantes, até então mantidas em sigilo, sobre o modelo da usina, a localização e o prazo de conclusão das pesquisas.
O pedido para realização dos estudos sobre a viabilidade de instalação da usina regional foi apresentada à Sabesp pelas próprias prefeituras. Em abril do ano passado, os prefeitos dos quatro municípios assinaram o protocolo de intenções para formação de um consórcio, durante reunião na sede da própria Companhia, na Capital. Na última sexta-feira, Dilma Pena informou a O Diário que os estudos de “pré-viabilidade” sobre a instalação da usina já foram concluídos e apresentados no início do último mês aos quatro prefeitos. “O estudo apontou que há uma alternativa técnica que é adequada para esta Região e que há uma viabilidade que precisa ser construída”, disse.
Dilma Pena não indicou exatamente qual o modelo ideal. Porém, revelou que a futura usina será produtora de energia e vapor. Segundo ela, por este motivo, o empreendimento deverá ficar localizado nas proximidades do maior centro produtor de lixo e de grandes indústrias. As declarações deixam claro que a tendência é de implantação do projeto em Mogi das Cruzes, nas proximidades de um dos distritos industriais. Conforme a reportagem apurou, essa questão é fundamental no caso da produção de vapor, que não pode ser transportado em grandes distâncias para evitar o resfriamento (e sua consequente transformação em água).
Outra questão que fica clara é que a futura usina deverá ser de incineração, único modelo capaz de produzir energia e vapor. Segundo Dilma Pena, os estudos ainda estão sendo desenvolvidos para que sejam apontadas questões como custos e capacidade. Ela informou que dentro de seis meses as pesquisas deverão ser totalmente concluídas, para posterior apresentação às prefeituras e à sociedade.
Fonte: Diário de Mogi das Cruzes